Sertã - A predominância do pinheiro-bravo faz com que esta região seja conhecida por Zona do Pinhal
Das seculares matas de medronheiros, castanheiros, azinheiras, carvalhos, sobreiros e cerejeiras, pouco resta.
Diferenças climatéricas ocasionaram uma maior amenidade aos Invernos e uma mais nítida estiagem em tempo de Verão. O desmoitamento e arroteamento imprescindíveis ao avanço da agricultura e pastorícia, o enfraquecimento dos terrenos, o aparecimento do míldio que grassou as vides Colun e as destruiu quase por completo, o uso indiscriminado de fertilizantes em terras frias, sem qualquer orientação técnica especializada, o arreigado vínculo às estruturas tradicionais, as minguadas retribuições da agricultura portuguesa, desde sempre a “irmã” mais desfavorecida da economia do País, tudo isto aliado a outros factores conjunturais da política de rendimento, obrigaram ao cerceamento e quase extinção dos soutos e azinhais, apontando para uma reflorestação de novas espécimes.
O pinheiro é hoje predominante e omnipresente. Não cai fora do velho plano governamental designado por Centralismo Metropolitano. Onde actualmente se transita por estradas florestais, as populações só há bem poucos anos começaram a vislumbrar o aparecimento do civilizado néon. Lugares onde, ainda hoje, as idas à fonte, as farmacopeias dos barbeiros e os partos assistidos pelas “entendidas” do povoado, são realidades do dia a dia. Ainda há lugares onde a geleira não substituiu a “salgadeira”, nem a assistência passa da Casa do Povo e os tratamentos urgentes se coam nas consultas da Caixa.
Na época da Fundação e consequente repovoamento do território, o desbravamento dos solos destinados ao cultivo de cereais e plantas hortícolas, era feito à base do fogo. Nesses tempos, e conforme historiadores credenciados, o paías parecia uma imensa fogueira propositadamente ateada, a fim de destruir os matagais e afugentar as feras.
Os tempos correram. A estabilidade política começou a ser mais longa e prometedora. O homem “aferrou-se” aos seus lugares de nascimento. A agricultura e pastorícia passaram a ser actividades geminadas, na rota do progresso e do bem estar. Aplicaram-se novas sementes e inventaram-se outras técnicas. Sementes e técnicas que influenciaram sistemas até considerados os mais rentáveis e entendidos.
Progrediu-se.
Dos prolíferos e frondosos soutos medievais, que se mantiveram atá há bem poucos anos atrás, resta-nos uma mísera sombra de castanheiros, aferrados a bolsas e vertentes dos barrocos mais frios e menos soalheiros. E para grande quantidade deles, os incêndios de Verão são a pira da existência. Felizmente que ainda encontramos na Beira Baixa, bons espécimes das tradicionais qualidades da castanha.
Por exemplo:
Longal – que é de todas a mais saborosa
Sidão – É maior e mais adocicada
Portelão – de sabor menos adocicado mas tão grande como a anterior
Temporã ou do Japão – castanha de fácil amadurecimento e a mais pequena de todas.
A Flora Beirã
Das seculares matas de medronheiros, castanheiros, azinheiras, carvalhos, sobreiros e cerejeiras, pouco resta.
Diferenças climatéricas ocasionaram uma maior amenidade aos Invernos e uma mais nítida estiagem em tempo de Verão. O desmoitamento e arroteamento imprescindíveis ao avanço da agricultura e pastorícia, o enfraquecimento dos terrenos, o aparecimento do míldio que grassou as vides Colun e as destruiu quase por completo, o uso indiscriminado de fertilizantes em terras frias, sem qualquer orientação técnica especializada, o arreigado vínculo às estruturas tradicionais, as minguadas retribuições da agricultura portuguesa, desde sempre a “irmã” mais desfavorecida da economia do País, tudo isto aliado a outros factores conjunturais da política de rendimento, obrigaram ao cerceamento e quase extinção dos soutos e azinhais, apontando para uma reflorestação de novas espécimes.
O pinheiro é hoje predominante e omnipresente. Não cai fora do velho plano governamental designado por Centralismo Metropolitano. Onde actualmente se transita por estradas florestais, as populações só há bem poucos anos começaram a vislumbrar o aparecimento do civilizado néon. Lugares onde, ainda hoje, as idas à fonte, as farmacopeias dos barbeiros e os partos assistidos pelas “entendidas” do povoado, são realidades do dia a dia. Ainda há lugares onde a geleira não substituiu a “salgadeira”, nem a assistência passa da Casa do Povo e os tratamentos urgentes se coam nas consultas da Caixa.
Na época da Fundação e consequente repovoamento do território, o desbravamento dos solos destinados ao cultivo de cereais e plantas hortícolas, era feito à base do fogo. Nesses tempos, e conforme historiadores credenciados, o paías parecia uma imensa fogueira propositadamente ateada, a fim de destruir os matagais e afugentar as feras.
Os tempos correram. A estabilidade política começou a ser mais longa e prometedora. O homem “aferrou-se” aos seus lugares de nascimento. A agricultura e pastorícia passaram a ser actividades geminadas, na rota do progresso e do bem estar. Aplicaram-se novas sementes e inventaram-se outras técnicas. Sementes e técnicas que influenciaram sistemas até considerados os mais rentáveis e entendidos.
Progrediu-se.
Dos prolíferos e frondosos soutos medievais, que se mantiveram atá há bem poucos anos atrás, resta-nos uma mísera sombra de castanheiros, aferrados a bolsas e vertentes dos barrocos mais frios e menos soalheiros. E para grande quantidade deles, os incêndios de Verão são a pira da existência. Felizmente que ainda encontramos na Beira Baixa, bons espécimes das tradicionais qualidades da castanha.
Por exemplo:
Longal – que é de todas a mais saborosa
Sidão – É maior e mais adocicada
Portelão – de sabor menos adocicado mas tão grande como a anterior
Temporã ou do Japão – castanha de fácil amadurecimento e a mais pequena de todas.
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